FIA muda teto de gastos na Formula 1 para 2026
O Limite de gastos da modalidade atualmente é de US$ 135 mi (R$ 721 mi).

A Fórmula 1 decidiu aumentar o limite de gastos das equipes a partir de 2026. O teto orçamentário passou de US$ 135 milhões (R$ 721 milhões) para US$ 215 milhões (R$ 1,1 bilhão), acompanhando a chegada de novas regras técnicas e a estreia da Audi como equipe de fábrica. A montadora alemã vai assumir a estrutura da Sauber e contará com uma concessão especial para enfrentar os altos salários praticados na Suíça.
Desde 2021, quando a categoria introduziu o limite de gastos para reduzir desigualdades entre equipes grandes e pequenas, dirigentes vêm debatendo o valor do teto. Até 2025, o número permaneceu estável, com ajustes pontuais por inflação.
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A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) esclareceu que o acréscimo de US$ 80 milhões não libera recursos extras, mas incorpora despesas que antes ficavam fora do cálculo. Federico Lodi, diretor de regulamentos financeiros da FIA, explicou ao portal RacingNews365 que a entidade apenas incluiu gastos já existentes no novo limite.
Para aprovar o novo acordo, a FIA negociou diversas exceções com as equipes. Estimativas indicam que entre 20 e 25 itens continuarão fora do teto, incluindo os salários dos pilotos.
A Audi vai operar com uma regra exclusiva. Ao se instalar como equipe de fábrica em 2026, a marca enfrentará custos trabalhistas até 40% superiores aos de rivais sediadas no Reino Unido ou na Itália. Para equilibrar essa diferença, a FIA criou um mecanismo que oferece maior flexibilidade orçamentária à montadora. Com isso, a entidade pretende evitar que fatores externos prejudiquem a entrada da Audi e impedir que outras escuderias explorem brechas fiscais.
O novo teto acompanhará a chegada da próxima geração de carros da F1. Os modelos vão incorporar motores híbridos mais eficientes, com maior uso de energia elétrica e combustíveis sustentáveis, além de chassis redesenhados para melhorar a competitividade.
Cada equipe poderá decidir livremente como distribuir os R$ 1,1 bilhão disponíveis. A FIA não impôs limites por setor, permitindo que os times escolham entre investir mais em mecânicos, engenheiros ou infraestrutura. Segundo Lodi, esse princípio garante autonomia total na gestão dos recursos.