Nintendo na BGS: entre preços salgados e fãs apaixonados
Nintendo fala sobre os preços altos no Brasil.

Durante mais uma participação na Brasil Game Show, a Nintendo trouxe novidades, sorrisos e também algumas explicações. Afinal, enquanto a empresa conquista cada vez mais espaço no coração dos brasileiros, os preços dos seus produtos continuam gerando debates acalorados nas redes sociais.
Logo de cara, Bill van Zyll, diretor da Nintendo na América Latina, tratou do assunto com franqueza. Em entrevista ao Omelete, ele apontou os principais fatores que encarecem os produtos no Brasil: “O país tem custos altíssimos de distribuição, taxas e impostos extremamente complexos. Enfrentamos muitos desafios e focamos naquilo que conseguimos controlar, como nosso modelo de distribuição e a forma como os produtos chegam às lojas e aos consumidores.”
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Apesar disso, van Zyll acredita que os jogos da Nintendo ainda oferecem um bom custo-benefício. Segundo ele, “ainda é um ótimo negócio, né? Mas não estou tentando desviar do problema ou minimizá-lo. É muito dinheiro.” Com essa declaração, ele reconhece o peso no bolso sem perder o bom humor.
Switch 2: caro, mas bombando
Curiosamente, mesmo com o preço considerado inacessível por muitos, o Switch 2 virou febre. Os estoques evaporaram e a procura disparou. Van Zyll não escondeu a surpresa: “Certamente superou nossas expectativas. Fizemos o lançamento simultâneo e não sabíamos o que esperar, mas a reação dos consumidores foi muito positiva. Visitei várias lojas e acompanhei tudo pelas redes sociais.”
Esse entusiasmo mostra que, apesar dos obstáculos, a Nintendo continua conquistando fãs fiéis — e novos também.
Desafios pela frente
No entanto, nem tudo são flores. Van Zyll reconhece que ainda existe um longo caminho para ampliar o alcance da marca no Brasil. Embora Mario e companhia sejam figuras conhecidas, muitos brasileiros ainda não se conectaram com os consoles e jogos da Nintendo.
“Quando o filme do Mario foi lançado, o Brasil ficou em nono lugar mundial em receita. Isso mostra o carinho do público. Mas amar a Nintendo e levar isso para o console são coisas diferentes. Somos fortes com os Nintendistas, mas precisamos trabalhar mais com o público expandido”, afirmou o diretor.
Cadê o Metroid?
Por fim, um detalhe não passou despercebido pelos fãs mais atentos: a ausência de Metroid Prime 4: Beyond na feira. Embora o título esteja disponível para testes em outros eventos pelo mundo, ele não deu as caras na BGS. Van Zyll mencionou o assunto, mas não entrou em detalhes sobre os motivos.
Enquanto isso, os fãs seguem na expectativa — e a Nintendo, entre altos e baixos, continua firme no seu jogo.