Williams é desclassificada da qualificação em Singapura

Com isso, Bortoleto ganha duas posições no grid.

Depois de um fim de semana animador no Azerbaijão, com direito a pódio de Carlos Sainz, a Williams desembarcou em Singapura com esperanças renovadas. No entanto, o sábado em Marina Bay trouxe mais calor do que alívio. Alex Albon garantiu o 12º lugar na classificação, seguido de perto por Sainz, que cravou o 13º tempo. Até aí, tudo parecia sob controle — mas só parecia.

Logo após o encerramento da sessão, o diretor técnico da FIA, Jo Bauer, jogou um balde de água fria na equipe de Grove. Ao verificar os carros, ele identificou uma irregularidade no sistema de DRS. Segundo o relatório oficial, ambos os carros ultrapassaram o limite máximo de 85 mm na área externa da asa traseira, infringindo o artigo 3.10.10 g. do regulamento técnico da Fórmula 1.

A FIA não perdeu tempo. Na audiência, a equipe reconheceu o erro, mesmo após ter realizado medições próprias que indicavam conformidade. Sem contestar os métodos ou os resultados da verificação oficial, a Williams aceitou a penalidade padrão: desclassificação da sessão de classificação.

Em comunicado, a equipe lamentou profundamente o ocorrido:

“Isso é amargamente decepcionante para a equipe e estamos investigando urgentemente como isso aconteceu. Em nenhum momento buscamos vantagem de desempenho, e as asas passaram nas nossas próprias verificações no início do dia. No entanto, há apenas uma medição que importa e aceitamos totalmente a decisão da FIA.”

Apesar do revés, a Williams promete reagir. Com um carro competitivo nas mãos, Albon e Sainz vão partir do fundo do grid, mas não pretendem ficar por lá. A equipe já iniciou uma revisão interna dos seus processos para evitar novos tropeços.

Enquanto isso, quem sorriu com a reviravolta foi Gabriel Bortoleto. O brasileiro, que havia se classificado em 16º, herdou duas posições e agora larga em 14º. Uma oportunidade inesperada que pode render bons frutos na corrida deste domingo.

A Fórmula 1, como sempre, mostra que nada está garantido até a bandeirada final. E em Singapura, cada milímetro conta — literalmente.

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